Como cristãos, devemos compreender que o Natal não tem apenas uma vertente humana, mas é profundamente espiritual. Podemos compreender isso ao lermos o que Mateus registou acerca do nascimento de Jesus. Apesar de não se saber ao certo em que dia o Senhor Jesus nasceu, até porque a Bíblia não menciona nenhuma data, o dia 25 de dezembro é, tradicionalmente, considerado o dia de celebração do nascimento de Cristo. Assim, de forma geral comemora-se e festeja-se nessa data, mesmo que com intenções diferentes.
Para muitos, Natal é uma época especial em que se viaja para rever familiares e amigos. Para outros, é o momento de deixar extravasar os seus desejos. Os empresários e comerciantes têm a oportunidade de fazer crescer as suas vendas. Para as crianças é uma data ansiada para se receber presentes. Na verdade, o Natal que a humanidade comemora, na sua generalidade, tem pouco a ver com o nascimento de Jesus. E para os cristãos, o que é o Natal? Biblicamente, Jesus nasceu em Belém da Judeia, de forma humilde, simples e singular. Deus Filho fez-Se carne e habitou entre nós, sendo Deus e homem em simultâneo (João 1: 1-14). O Natal, para os seguidores de Jesus, tem uma dimensão espiritual e não apenas humana, como aprendemos com os magos que vieram do oriente em Mateus 2:1-12.
BUSCA PELO VERDADEIRO JESUS
Eles perguntaram: onde está Aquele que é nascido rei dos judeus? Os magos fizeram uma longa viagem para encontrar-se com Jesus. Natal é, portanto, isso mesmo: uma busca constante pelo verdadeiro Jesus. Hoje, muitos procuram Jesus de várias maneiras, tal como aconteceu naquele tempo. Alguns procuram de maneira errada e vão até à pessoa errada (João 1:19-20). Outros buscam o Jesus verdadeiro da forma errada (Lucas 2: 48 e 49). Finalmente, tal como os magos, alguns procuram o Jesus verdadeiro da forma correta (Mateus 1:11). Jesus é verdadeiro e está nos Céus, à direita do Pai. Devemos buscá-Lo de todo o nosso coração, enquanto podemos O podemos encontrar (Mateus 7:7, Isaías 55:6).
ADORAÇÃO CONTÍNUA A JESUS
Um dos propósitos da longa viagem dos magos era adorar a Jesus. Por isso, guiados pela estrela que tinham visto no Oriente, chegaram à casa de Maria, mãe de Jesus, encontraram o menino, e, prostrando-se adoraram-No (Mateus 2:2). Um dos aspetos pertinentes do Natal é a adoração verdadeira. Sem o compromisso de adorar o menino (Rei) Jesus, sem adoração ao Deus Trino e Uno não há verdadeiro Natal. Nesse âmbito, todos os dias podem ser Natal, pois podemos adorá-Lo em Espírito e em verdade todos os dias (João 4:24).
Seja individualmente ou como igreja, não o devemos fazer por mero hábito ou costume, mas com o coração disposto a adorar o Rei dos reis Jesus (Salmo 108:1). Quando o filho de Deus está diante Dele com adoração verdadeira, pode-se dizer que é dia de Natal, pois Jesus está sendo adorado.
PRESENTES PARA JESUS
Depois dos magos encontrarem Jesus e O adorarem abriram os seus tesouros e apresentaram-Lhe presentes. Vejamos o que isto pode simbolizar para nós:
Ouro: é um metal precioso que simboliza a realeza de Jesus, ou seja, a Sua honra como Rei. Jesus não é apenas um homem que marcou a História. Ele nasceu como rei, é o Rei da glória (Salmo 24). Nós o reconhecemos e adoramos como Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Incenso: era uma resina aromática que se queimava no Antigo Testamento e que pode simbolizar o lado divino de Jesus. Os magos reconheciam assim Jesus como Filho de Deus. Quando reconhecemos a divindade de Jesus, estamos a abrir os nossos tesouros e a oferecê-los a Jesus.
Mirra: era uma resina medicinal. No texto em causa, mirra poderá simbolizar sacrifício. Pode estar aqui implícito o sacrifício que os magos realizaram na longa viagem para ver o Rei Jesus. Um dos maiores presentes que podemos dar a Jesus é a nossa vida como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional (Romanos 12: 1).
Vamos, por isso, abrir os nossos corações e os nossos tesouros, apresentando a Jesus os nossos presentes, pois Ele merece. Afinal, Ele nasceu, viveu, morreu e ressuscitou por nossa causa.